As estrelas se apagam,
É chegada a hora
De raiar o dia
De nascer a aurora.
Abraão sofria…
Mas obedecia…
Seu coração chora!
Então se levantou pla madrugada,
Albarda o jumento,
Mas não disse nada
Naquele momento.
Leva dois criados,
E lenha cortada
Em molhos atados
Para ser queimada.
Três dias andaram
Ao local chegaram.
Mas Isaac alerta
Desde o principio,
Lhes falta um cordeiro
Para o sacrifício.
- Confia meu filho
(Responde Abraão)
E já o cutelo
Está em sua mão.
Confia e espera
Chegando o momento,
Ele proverá!
Seu corpo quebrado,
Pelo longo dia
Mostrava o cansaço
Da sua agonia.
Por fim…ele pára
Como estava exausto!
E a lenha preparava
Para o holocausto.
Isaac, amarrado
Pelo próprio pai,
Será sacrificado.
Não se ouve um aí!
Já pronta a ferir
A mão firme e forte
E perto… mui perto…
Passeava a morte.
Olhando para os céus
Cultelo no ar,
O seu filho a Deus
Irá ofertar.
Isaac foi dado
Para grande nação.
Se agora é tirado, há uma razão.
Abraão sofria…sofria…sofria!
Nos braços de Deus… ele se refugia.!
Disposto a cumprir
Ergue sua mão
Mas a voz de Deus
Se torna a ouvir:
-Abraão, Abraão!
De novo a presença
De Deus estava ali
E Abraão responde:
Senhor! Eis-me aqui!!!
- Não lhe faças mal!
(Bradou lá dos céus)
Porque agora eu sei
Que temes a Deus!
Logo ali no mato
Um cordeiro apareceu
E em sacrifício
Ao Rei ofereceu!
Cheio de alegria
Abraão louvou
E a voz do Anjo
De novo soou.
-Porque fizeste esta acção
E teu filho não me negaste
Que me amas com devoção
E que me temes provaste!
Deveras te abençoarei!!!
E a tua semente
Mui grandemente
Multiplicarei!
Porque obedeceste,
Porque confiaste,
Porque nos meus braços
Te refugiaste!!!
Poesia adaptada (João Souto Ferreira)
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