Era uma escada íngreme,
Cujo topo entre nuvens se escondia.
E ela me fora dada para subir
Um degrau cada dia.
Um mês se passou
depois outro...
Um ano passou
Uma década e outras décadas... Subir!..
Era penoso subir sem uma ajuda.
Doíam-me as mãos e os pés...
E visões cruéis
De resvalo e de perigo
Me assaltavam e me assombravam
Quantas vezes!
Um dia, Oh! Dia incomparável!
Duas mãos marcadas e bem marcadas
Com as marcas de hediondos cravos
Estenderam-se para mim!
Senhor, meu Senhor!
Como é diferente o teu amor,
Que nos procuras assim
Quando nos afastamos
e nos esquecemos de ti!
Estendo para Ele as minhas mãos doridas,
Tremulas, geladas,
Prestes a desfalecer...
E Ele, com o seu poder
Imensurável, inarrável poder
Torna nas suas
As minhas vacilantes mãos ...
A escada íngreme da vida
Que tantos sobem com a sua própria força
Ou ficam oscilando
Numa corda frágil
Entre o espaço e o tempo,
E resvalam
Ou caem e morrem,
Sim, essa escada eu agora subia,
Um degrau cada dia
Protegido, assegurado
E mais do que amparado,
Vitorioso,
Porque subia pelas mãos
Da própria vitória…JESUS!
Agora eu posso olhar para baixo,
Porque ele segura as minhas mãos nas suas.
E olho sem medo de cair
E vejo ... Oh! A cena me aterroriza!
Meu Deus, meu Pai,
De que tu me livraste!
Vejo um abismo escancarado,
Escuro, enlameado,
Cheio de feras e demónios, lá em baixo ...
A escada é íngreme
E o seu topo vai alem das nuvens...
E eu vou subindo...
Cada dia um degrau...
Subindo, subindo sempre
Amontoam-se os dias as semanas,
Os meses os anos...
Subir !!!
Seguro nas suas mãos!
Sinto que os pés, meus pobres pés cansados,
Estão amparados.
Sob as ordens do Mestre
Há anjos muitos anjos em redor
Com espadas cintilantes, Flamejantes,
A sustentar os pés dos que sobem...
Que equilíbrio, Coragem, Animo e alegria
Tenho novos agora
Como se uma nova aurora raiasse para mim!
Lá no topo da escada,
Que não vislumbro ainda,
Ouço falar, Que há portões, muitos portões,
Abertos para os milhões e milhões que hão de entrar ...
Levo no meu coração
o sangue que me purifica de todo o pecado
e já me garantiu
as brancas vestes do perdão!
Portões abertos,
Lá no topo da escada!
E Ele, o meu Senhor O Mestre amado,
A luz,
A verdade,
O caminho,
A vitória,
A dizer-me aquilo que já disse
A tantos milhares de fieis:
- Vinde, benditos de meu Pai!
Os degraus chegarão ao fim ...
O sopro da vida terrena há de parar...
Terei um sopro novo, um sopro eterno
Que nunca, nunca mais há de acabar!
Nesse instante,
Quando eu me apossar
Da imutável e perfeita alegria,
Perto da Santidade das santidades,
E da Felicidade das felicidades,
Verei a sua face!
Cairei a seus pés,
Cantando ampla e livremente
Cantando poderosa e fervorosamente,
Como os mártires da glória
O Hino da mais pura adoração
O hino da vitória!
-Abba Pai!
Tu nos fizeste e nos criaste
E o teu filho nos mandaste,
Para que voltássemos ao lar!
Aleluia!!!
Glórias e mais glórias!!!
A ti louvores e majestade pelos séculos sem fim!!!
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