Quando te vejo acomodado ao mundo
Que te cerca,
Como a água tomando a forma do vaso
Que a contém,
Eu me lembro de um Rei coroado de espinhos,
Arrastando uma cruz pelos caminhos,
Pelas ruas de Jerusalém.
Quando te vejo preocupado com rótulos,
Comodidades,
Tão desejoso de aparecer,
Eu me lembro de um jovem-Deus
perdido no deserto,
Onde só feras e anjos O podiam ver.
Um jovem-Deus que te entregou um dia
O privilegio da grande Comissão,
O Qual negas com tua cobardia,
Sucumbindo a promessas
Que te falam à carne e ao coração.
Quando te vejo ocupado
em construir celeiros,
Ajuntando fortunas
que o ladrão pode roubar,
Eu me lembro de um Deus
caído sob tuas culpas
Sem o conforto de uma pedra para repousar.
Quando te vejo conivente
com aquilo Que Ele aborrece,
Ao ponto de ocultar a Herança
que Ele te legou,
Pergunto: "Seria falsa a promessa que fizeste
Ou o amor que Lhe tinhas se acabou?"
Onde está teu grito de protesto,
Que já não escuto?
Tua atitude de inconformação?
Será que te esqueceste do santo compromisso
Ou te parece pouco o privilégio da tua missão?
Por que tremes diante do mundo,
Temendo por valores que só servem aqui?
Será que Cristo te escolheu em vão
Ou já não existe Deus Dentro de ti?
Tu estás no mundo, mas não és do mundo,
Não escolheste,
Foste escolhido.
Por que te encolhes ao ponto
De seres grande pelo padrão dos homens,
Comprometendo tua autoridade
De condenar um mundo corrompido?
Foste escolhido para uma missão tão grande
Que nem aos anjos foi dada a executar:
Não te assustem ameaças,
Não te seduzam promessas,
Numa obra eterna,
É melhor morrer do que negar.
Há um Deus em tua vida
Que a tua vida deve glorificar!
Manuela Oliveira
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